Aumento de casos de alergias: veja como prevenir e tratar
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O último dia 7 de maio se comemora o Dia Nacional de Prevenção da Alergia, data criada pelo Ministério da Saúde com o objetivo de alertar para as alergias que atacam mais durante esta época do ano, associada ao frio. Com as variações climáticas e as diferenças regionais, o pneumologista e coordenador da Pneumologia do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Alexandre Araruna, explica sobre medidas de prevenção e cuidados.
A alergia é uma reação do organismo “é o organismo reconhecer nas diversas modalidades, desde a mais inocente, a forma mais agressiva possível, um adversário, um alérgeno, um elemento que faz o organismo ficar muito atiçado. E esta razão deve ser inclusive a uma sensibilidade genética, ou seja, a pessoa tem predisposição, tem uma genética já guardada com a pessoa que faz a pessoa reagir e que com certeza, em um anterior momento, ao momento atual da exposição, a pessoa teve já contato com aquele elemento que faz o organismo reagir hora menos, hora mais agressiva”, explica Alexandre.
Prevenção e cuidados
As medidas de prevenção e cuidados estão associadas a evitar elementos que causam os sintomas, “depende muito da história da pessoa, e ela com certeza vai lembrar que se é uma medicação, se é um comprimido, se é uma injeção, se é um perfume, se é um produto químico, um cabelo pintado, um creme no rosto, todos esses elementos uma vez tendo histórico de estímulo à alergia, a pessoa deve evitar o contato porque há grandíssima chance de, apesar de, às vezes, estar em clima de tratamento, os sintomas podem voltar a acontecer, às vezes de forma mais amena, porque está no meio do tratamento, mas uma vez cessado o tratamento, os sintomas podem ser muito intensos”, destaca Alexandre.
De acordo com Alexandre, a partir do diagnóstico, é possível identificar a gravidade e a intensidade da alergia no paciente. “Então, as formas de tratamento serão muito relacionadas a essas informações e de acordo com a intensidade dos sintomas. Pessoas com pobres sintomas, às vezes só um prurido, uma coceira, às vezes um nariz que escorre, coisas muito mais inocentes, lesões mínimas na pele, o tratamento será muito mais ameno, às vezes só com comprimido, às vezes uma pomada, às vezes alguns soros. Claro que, quando a gravidade é maior, não só se aumenta o número de medicações, mas também a intensidade e o poder de resolução destes para o tratamento daquele paciente portador”.
O diagnóstico clínico da alergia acontece com base em informações e o histórico de sintomas do paciente, “nós temos várias outras formas também de diagnóstico da alergia além do contexto clínico, que é exatamente o exame testo alérgico, chamado de prick test, em que a pessoa faz pulsões no antebraço, vai tentar comparar os resultados com elementos que vão mostrar se a pessoa tem maior ou menor reação”, explica Alexandre.
Desequilíbrio do clima aumenta casos de alergias
“Quando a gente fala de mudanças de clima, a gente vai estar mais fortemente relacionando as alergias do trato respiratório. É uma rinite de ordem alérgica, uma sinusite de ordem alérgica, que essas serão fortemente influenciadas pelas mudanças climáticas, tanto do frio rápido para o ou o inverso, pode repercutir no trato respiratório”.
De acordo com Alexandre, a alergia não tem cura, é uma doença genética, “entende-se que com o passar da idade, a nossa defesa fica mais frágil, até para a nossa própria defesa do organismo em relação a germes, infecções. A defesa que costumava reagir intensamente a elementos externos, passam a diminuir essa reação”.
Algumas medidas de prevenção e cuidados
- Manter a limpeza e a ventilação dos ambientes, evitando o acúmulo de poeira e ácaros.
- Evitar o uso excessivo de ar-condicionado ou aquecedores, pois podem ressecar o ar ou aumentar a circulação de alérgenos.
- Evitar carpetes e tapetes, que acumulam poeira e ácaros.
- Manter animais de estimação fora do quarto para reduzir a exposição a pelos e caspa de animais.
- Lavar roupas de cama e cortinas regularmente.
- Evitar o tabagismo e exposição a fumaças pela queima de madeira.
- Manter ambientes com o mínimo de objetos que acumulem poeira e trocar de roupa de cama com uma frequência maior do que a habitual.
- Limpar pisos utilizando formas que provoquem o mínimo possível de dispersão.
- Buscar uma melhor hidratação oral, bebendo água com frequência.
- O uso de soro fisiológico para umidificação e limpeza nasal pode ajudar a diminuir o ressecamento causado pelo calor.
- Buscar arejar a casa o máximo possível. Pessoas que apresentem dermatite atópica precisam intensificar a hidratação da pele.
Ascom/HULW
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