Orientação sexual: quando todos pagam pela sua falta

 


Falar sobre sexo seguro significa prevenir problemas à saúde e à esfera social de adolescentes e adultos jovens (15 aos 25 anos), nos quais o não uso de   preservativo, múltiplos parceiros, a diversidade de parceiros sexuais e a iniciação sexual precoce, sem orientação ao planejamento familiar se faz uma prática frequente, intimamente aliada ao uso de álcool, tabaco e drogas ilícitas.

Orientar ao sexo seguro é proteger das consequências negativas sobre meninas, (com maior número de parceiros sexuais que os meninos) onde as infecções sexualmente transmissíveis são capazes de sequelar a fertilidade, o futuro obstétrico, o perfil emocional, a autoimagem e os relacionamentos futuros. 

Cobranças sociais sobre a expressão da sexualidade em nome da “masculinidade” ou do preconceito sobre virgindade mostra-se como uma incitação à pratica sexual de risco, incidindo principalmente entre meninos.

As orientações ao sexo seguro se iniciam com os pais, cujo comportamento permissivo e muitas vezes negligente à necessária conversa sobre o assunto, expõem seus filhos a maior chance do sexo sem proteção e suas consequências. 

O recrudescimento nos últimos anos, especialmente do vírus da imunodeficiência humana (HIV) e da sífilis no Brasil é um reflexo da deficiente orientação desses jovens em casa, nas escolas, igrejas e na comunidade, demonstrando tratar-se de um problema de muito maior amplitude, um clamor aos governantes, um alerta aos pais, a necessidade de um programa de vinculação dos jovens à escola, evitando a desinformação e baixa escolaridade, o que adicionalmente os distanciam da prática sexual segura.

*Por Wanúzia Miranda, ginecologista


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