Diretoria da Sociedade Paraibana de Anestesiologia é empossada e vai enfrentar desafios de faltas de atualização de honorários e mão de obra no interior



Buscar soluções inovadoras para problemas antigos como a falta de atualização dos honorários da anestesia pelas operadoras de saúde, faz parte do plano de metas do presidente da Sociedade Paraibana de Anestesiologia da Paraíba (SAE-PB), Gutemberg Borborema, empossado no sábado (17), em cerimônia prestigiada na sede do Conselho Regional de Medicina.

Dr Guga Borborema, como é conhecido no mercado profissional, destacou a pressão que o anestesista sofre do setor privado para reduzir custos, e que essa redução não tem uma visão direta a respeito da qualidade na ponta que é o atendimento ao paciente.

“Com a redução do custo, o paciente vai pagar por isso?”, questionou o presidente da SAE-PB, e afirmou que a luta da sociedade médica será pela valorização e respeito da classe, buscando soluções inovadoras com a abertura do diálogo.

O anestesista informou que essas grandes corporações precisam buscar o respeito pela especialidade que influencia em todo o período perioperatório (cuidar do paciente no pré-anestésico e checar se tem condições de ser submetido àquela cirurgia), no intraoperatório e no pós-operatório imediato.

“Uma anestesia feita de maneira equivocada pode levar danos ao paciente, tanto de imediato, como insuficiência respiratória, parada respiratória, e ainda a longo prazo, como perda de memória, por isso é importante que a sociedade civil, as grandes corporações reconheçam o valor do profissional no cuidado à saúde do paciente”, lembrou o anestesista.

O presidente da SAE-PB também apontou outro problema com a especialidade que é a falta de profissionais no interior, mas tratativas com o Governo do Estado para resolver o impasse já foram iniciadas, e que a solução poderá ser feita por meio das cooperativas.

O presidente do Sindicato dos Médicos da Paraíba, Tarcísio Campos, disse que apoia a reivindicação da especialidade, pois é preciso valorizar o profissional.

Tarcísio revelou que em alguns procedimentos, o déficit chega a 80%, principalmente na área da pediatria, cirurgias complexas como bariátrica e transplantes, e que é preciso pelo menos, recompor a perda por conta da inflação pelos valores cobrados.

Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), Luís Antônio dos Santos, embora no Brasil se forme cerca de 700 a 1.000 profissionais por ano, faltam profissionais em algumas regiões. “Os grandes hospitais das capitais com cirurgias complexas absorvem grande parte da mão de obra, enquanto hospitais pequenos no interior e que não realiza consórcio, não consegue atrair os profissionais da anestesiologia”, revelou.

Outra dificuldade apontada pelo dirigente da SBA é o gerenciamento por parte do SUS, e ainda a saúde suplementar. “Não haverá serviço de qualidade e segurança, se o profissional não estiver seguro, tranquilo, estável e com boa remuneração”, lembrou Luís Antônio. 

O QUE FAZ UMA SOCIEDADE MÉDICA – Segundo Dr Guga Borborema, as sociedades médicas têm a missão de lutar pelos direitos do médico, pelo direito do paciente ser bem atendido, por boas remunerações, sempre pautadas pela ética e moralidade do exercício da medicina, como também o fomento ao conhecimento científico, buscando atualizações e assim levando melhor conduta para o paciente.

 

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