Influencer paraibana supera desafios de câncer de mama precoce



Segundo o Livro de Hebreus, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos. Para quem acredita em milagres, fruto de muita fé, Deus faz o impossível acontecer e mostra sinais em cada detalhe. Essa experiência com o sobrenatural aconteceu na vida da jovem guarabirense, maquiadora profissional e digital influencer, Mayarra Araújo quando descobriu há 10 anos um nódulo na mama direita, na época tinha 21 anos.

Apaixonada por animais de estimação, embora gostasse de cães, sempre preferiu os felinos, como os gatos. Chegou a criar até três bichanos de uma vez: Milinho, Mimosa e Mila. Segundo ela, por serem carinhosos e viverem mais emotivamente com os seus donos, muitas vezes, vivendo as dores dos seus pais adotivos. “Eles sentem nossa energia”, declarou a influencer.

Compartilhava a cama com seus companheiros, e num dia inesperado, foi surpreendida com o pulo de Mila em cima da sua mama direita, quando imediatamente sentiu dor e para aliviar, ao passar a mão envolta do seio, percebeu uma “bolinha”, segundo ela.

Imediatamente comunicou a sua mãe a descoberta nada agradável e partiram para a marcação de uma ultrassonografia, quando de fato descobriu um nódulo e passou a tratar, antes ouvindo a opinião de vários médicos, tanto em Guarabira, como na capital João Pessoa.

Mila não está mais na terra, mas sua mãe adotiva ao encher os olhos de lágrimas para falar da companheira e filha, disse que agradece muito pela companhia e por também ter sido um presente de Deus, enquanto compartilhou de sua convivência.

Todos os exames de acompanhamento sempre eram conclusos de um nódulo benigno. “Teve médico que me falou: você só tira esse nódulo se quiser, pois não faz mal algum a você”, lembrou Mayarra.

Ela lembrou que muitos profissionais se negavam a retirada do nódulo, e daí ela própria reforçava em dizer que seria melhor não mexer no que estava quieto.

Segundo a influencer e maquiadora, antes da pandemia quando tudo parou em 2020 não fez nenhum exame, e em 2021, o médico da região que a acompanhava na sua região se mudou para outro lugar, foi quando decidiu passar por um mastologista na capital que lhe revelara que o nódulo havia dado uma crescidinha e recomendou a cirurgia, afirmando que esteticamente o procedimento não iria impactar na estética do mamilo, pois seria possível realizar pela auréola. 

Após quase 10 anos, o médico que a acompanhava decidiu pela retirada, mas antes, como de praxe, prescreveu todos os exames pré-operatórios e nisso pediu uma biópsia que decidiu realizar com a mastologista Eulina Ramalho, do Centro Especializado de Diagnóstico do Câncer (CEDC), um serviço vinculado ao Governo do Estado. “Fui fazer tranquila pois tinha a certeza que era benigno pela confirmação nesses 10 anos de acompanhamento”, contou.

Quase dois meses depois, ao retornar a capital para ser submetida a outro tipo de exame, aproveitou para pegar o resultado da biópsia. “Do jeito que peguei, coloquei na bolsa, pois tinha a certeza que era benigno, quando cheguei em casa ao ver o exame, tinha a palavra maligno e questionei a mim mesma que tinha alguma errada”, disse.

Foi quando decidiu entrar em contato com uma prima médica na capital que de prontamente tentou amenizar a situação e recomendou para que procurasse uma mastologista. “Daí percebi que tinha alguma coisa errada. Entrei em contato com o mastologista que me acompanhava, o Dr. Alírio e ele foi muito prestativo, pois faltavam ainda 15 dias para a minha consulta, quando realizou uma videoconferência para me explicar a situação”, lembrou.

 No dia 6 de maio, recebeu a confirmação da doença, mas era um câncer in situ. “Pelo que aprendi nesse pouco tempo, é aquele câncer que as células não estão espalhadas, não são invasivas, e ali já glorifiquei o nome de Deus e desde o primeiro momento eu não tive dúvida alguma da minha cura que isso é fundamental no momento”, informou.

 Mayarra narrou que em momento algum pensou que ia morrer ou não ter sucesso no seu tratamento, mas tinha plena certeza que ia ser curada. “O medo da notícia é tremendo, é muito grande. Tive mais medo da notícia que chegou a mim e tinha medo de dizer aos familiares, pois como trabalhava com minha imagem, eu temia o tratamento da quimioterapia apesar de ser considerada o maior fantasma, também ajuda a curar”, contou.

“Tinha temor, mas não duvidei da minha cura. Depois que passei por isso, uma palavra que tirei da minha vida é o medo, eu não falo mais nela, pois tudo que a gente pensa, tudo que a gente tem medo, acontece. Eu só dizia a Deus: Deus eu não permito e nem aceito, eu creio que tu não vai permitir eu fazer a quimioterapia que salva vidas. Quem puder fazer e tiver que fazer, faça”, recomendou.

No dia 18 de julho desse ano, ao passar pela mastologista Eulina Ramalho, recebeu dela a informação que pelo tipo de câncer que tinha não iria ser preciso fazer uso da quimioterapia e que a cirurgia iria resolver o caso. “Deus já começou a confirmar a minha cura a partir daí. O nosso Deus é maravilhoso, e quando a gente pede a Ele, se for da Sua vontade, Ele faz. 

A médica ainda adiantou que infelizmente não iria conseguir preservar sua mama. “Daí meu mundo caiu pela segunda vez, ao mesmo que estava feliz por não fazer a quimio, mas ao mesmo tempo, senti tristeza ao saber que iria perder uma parte de mim, e nós mulheres sabemos que os seios representam muito pra nós como vaidade e por ser um lugar sagrado, então tive que me reerguer mais uma vez, mas confiante”, desabafou.

Como sinal de apoio em toda a vida e confiante num Deus que tudo pode, por meio do Dr Alírio conheceu mais uma irmã de luta e exemplo de superação na doença, que mesmo em meio ao sofrimento, tinha forças para oferecer através de uma palavra de ânimo, o combustível suficiente para impulsionar a vida de Mayarra.

Empatia - “Camila é uma pessoa maravilhosa que apesar de não conhecê-la fisicamente tem um testemunho incrível. Ela fez quimioterapia, radio, e agora vai colocar a prótese no próximo mês, se Deus quiser. Ela foi meu norte. As palavras dela me fortaleceram muito e eu ainda não a conheço. Aguardo ansiosa pelo nosso encontro pessoal”, disse.

Como desafios são feitos para vencedores, Mayarra mais uma vez precisou ser forte para vencer mais um perrengue, quando minutos antes da cirurgia foi avisada do cancelamento pela falta de um tipo de insumo, mas finalmente, há trinta dias, conseguiu com sucesso ser submetida ao procedimento que durou cinco horas. “Hoje faz um mês de cirurgia e estou super bem, linda e agora é só glorificar a Deus e crê que o resultado da biopsia vai apontar a minha cura”, destacou.

Se a família é um porto seguro, nesse momento de peregrinação da doença, Mayarra teve a certeza, pois contou, principalmente com a mãe, considerada por ela uma rocha aqui na terra. “O tempo todo ela era forte, dando força pra mim. Eu olhava pra ela e vinha força, ela lutou muito em relação à documentação e todo o apoio necessário”, disse.

Para as mulheres, Mayarra deixa uma mensagem: “Que se cuidem, que olhem para dentro de si, se toquem, não guardem nada, eu sou um exemplo de 10 anos que vinha tendo resultados benignos, e Deus mostrou na hora certa (eu acredito no tempo de Deus), que era pra ser agora”, lembrou. 

E ainda destacou: “Se você sentir alguma coisa no seio, algum incomodo no útero, ou em qualquer parte do corpo, se cuidem, procurem os médicos e lutem pela vida, pois ela é maravilhosa”, pontuou.

A influencer e maquiadora ainda não voltou à rotina normal, mas disse que está em plena recuperação e ainda esse mês espera retornar ao batente. “Nosso corpo é nosso templo, por isso a gente deve cuidar dele. Deus deixou a gente para se amar, se cuidar, eu amo me cuidar. Me sinto a pessoa mais maravilhosa do mundo em saber que Deus me ama de verdade”, comemorou. 


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