Ações no Hospital Universitário Lauro Wanderley incentivam importância do aleitamento materno
Agosto é o mês dedicado ao incentivo à amamentação. Este ano, a campanha tem como foco sensibilizar profissionais sobre a importância de promover o estímulo ao aleitamento materno. No Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB/Ebserh), o Agosto Dourado terá programação especial, envolvendo colaboradores e usuárias.
As atividades tiveram início no dia 8, com a distribuição de materiais informativos e chocolates para os profissionais da Unidade de Saúde da Mulher (maternidade) e do ambulatório de Pré-natal de Alto Risco (PNAR). A iniciativa é da Comissão de Aleitamento Materno do Lauro Wanderley (Coame).
“Houve distribuição de chocolates para os profissionais do PNAR, Sala de Vacina, Follow-up, Puericultura e Maternidade, os quais trabalham com o binômio mãe e bebê. Essa foi uma forma de agradecimento, aproveitando para enfatizar a importância do incentivo ao aleitamento materno exclusivo”, disse supervisora de enfermagem do ambulatório de Pré-natal Risco, Cláudia Henriques.
Durante o mês, estão sendo realizadas ações para marcar o Agosto Dourado no HULW, como homenagens, exposição de fotografias das profissionais junto com os filhos ainda bebês, encontro com doadoras de leite materno do Lauro Wanderley, capacitação profissional e exposição durante a Bienal do Centro de Ciências da Saúde da UFPB. “O objetivo é publicizar a importância do aleitamento materno para profissionais de saúde, gestores e toda a sociedade”, enfatiza Janine Martins, enfermeira do Posto de Coleta de Leite Materno do HULW.
O leite humano é considerado um alimento vivo, padrão ouro na vida das crianças, devido aos inúmeros benefícios para a saúde dos pequenos, que devem receber o alimento de forma exclusiva até os seis meses e seguir até, no mínimo, a idade de dois anos.
Este ano, a campanha nacional de amamentação, lançada pelo Ministério da Saúde, trabalha com o tema “Apoiar a amamentação é cuidar do futuro”. “O tema deste ano destaca a importância da educação para protagonista na Cadeia de Calor (para manter o aleitamento materno), tanto relacionado aos profissionais de saúde, como também aos representantes da sociedade e as pessoas do convívio próximo da mãe e bebê. Por isso, a importância de realizar ações com os profissionais que atuam no acompanhamento dessa mulher, desde o pré-natal, dos cuidados durante o trabalho de parto e no aconselhamento no pós-natal”, explicou Cláudia.
Os números relativos ao aleitamento materno estão evoluindo no Brasil e ações voltadas para a sensibilização da população são fundamentais nesse avanço. Atualmente, a amamentação exclusiva já conta com índice de 45,7%, enquanto que para a faixa etária menor de quatro meses está na faixa dos 60%., de acordo com Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani) do Ministério da Saúde.
“Ao comparar os dados do Enani com inquéritos nacionais anteriores, com base em indicadores de amamentação propostos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os indicadores melhoraram no Brasil. O último dado de 2006 da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS), em comparação com o Enani, aponta para aumento de 15 vezes na prevalência de aleitamento materno exclusivo entre as crianças menores de quatro meses, e de 8,6 vezes entre crianças menores de seis meses”, ressaltou Janine Martins.
Doação
O Hospital Universitário Lauro Wanderley possui um posto de coleta de leite, onde é feita a captação do leite doado pelas lactantes doadoras e enviado para ser processo no Banco de Leite Humano Anita Cabral, referência no Estado. Janine Martins lembra que a arrecadação é tão importante quanto a doação e explica que os vidros para armazenar o leite são fundamentais nesse processo.
“A falta dos vidros compromete o estoque de bancos de leite e afeta a dieta de bebês recém-nascidos internados em UTIs neonatais que dependem de leite materno doado para se alimentar”. disse.
A doação de leite materno é fundamental para ampliar as chances de recuperação de bebês prematuros e/ou de baixo peso que estão internados em Unidades de Terapia Intensiva Neonatais, além de proporcionar um desenvolvimento mais saudável por toda a vida.
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