Excesso de lubrificação vaginal: entenda quando é normal ou é problema de saúde

Adina Voicu por Pixabay

É comum a queixa das mulheres no consultório médico, ao se depararem com o excesso ou falta de lubrificação vaginal. Para esclarecer essa condição, a ginecologista Wanúzia Miranda explicou que a lubrificação vaginal é uma ocorrência natural nas mulheres na idade chamada fértil ou menacme que é o período entre a primeira e última menstruação da mulher.

A ginecologista informou que a lubrificação vaginal é muito bem elaborada exatamente nessa fase da mulher pois é um período que a mulher é sexualmente ativa. “É um composto fisiológico produzido pelo tecido que compõe o próprio colo uterino, no sentido de manter aquela área mais lubrificada e resistente aos vários traumas, inclusive da própria relação”, comentou.

Segundo Miranda, essa lubrificação depende de hormônios. Há pessoas que são mais responsivas às produções hormonais ovarianas e produz uma quantidade de fluido maior, e outras que percebem muito pouco essa produção e isso faz parte de um fator constitucional.

“Existem situações em que esse conteúdo vaginal, a lubrificação, se dá de maneira mais intensa, que se percebe de maneira mais evidente, justamente na fase de excitação ou de ovulação, pois esse muco que tem aparência de clara de ovo, pode mudar de cor a depender da fase do ciclo menstrual ou do hormônio que predomina nesse período, do conteúdo do ambiente vaginal, mas que serve de defesa nata para que organismos não subam na vagina para a cavidade endometrial”, informou Wanúzia.

Ela ainda explicou que no período ovulatório, a lubrificação também tem uma função e serve de estrada para que os espermatozoides tenham ascensão à cavidade endometrial e de lá o encontro do óvulo que foi liberado pelo ovário. 

A ginecologista adiantou que há mulheres que não se conformam com essa lubrificação, pois algumas chegam a sujar a face interna das coxas, se sentem incomodadas e se acham sujas. “Na verdade, esse conteúdo é necessário para compor o microbioma vaginal. Ruim é não tê-lo. As mulheres na pós menopausa sentem muita secura vaginal, aridez, incomodo na relação sexual e isso é o que mais incomoda a mulher nessa fase”, disse.

Devido aos incômodos que a própria mulher tem na sua menacme, com seu próprio hidratante fisiológico, Wanúzia destacou que a mulher entende que aquilo é um corrimento vaginal que não tem fim e muitos profissionais tendem a medicar para obedecer a queixa da paciente prescrevendo produtos impróprios, indevidos, para um conteúdo que é fisiológico, que faz parte daquela fase de vida. 

A ginecologista alertou para a observância de sinais de coceira, ardor e mal cheiro, e caso apareçam, procurem um profissional, do contrário, esse conteúdo que chega a sujar a calcinha no período menstrual é normal, é fisiológico, e a sua produção para mais ou para menos, depende de fatores constitucionais que interferem na sua produção hormonal. “Nada de espanto, de confundir o que é fisiológico com algo patológico que é o corrimento vaginal. Lubrificação vaginal não dever ser confundida com corrimento”, orientou.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Sem gotinha: entenda como fica novo esquema vacinal contra a pólio

No Dia Nacional de Combate ao Colesterol nutricionista dá dicas de alimentos vilões e aliados

Ministério da Saúde lança campanha nacional de controle da dengue, zika e chikungunya