Senado aprova ampliar atenção à mulher na prevenção ao câncer pelo SUS

                                                                        Agência Senado


O plenário do Senado aprovou na terça-feira (29), por unanimidade, o projeto que amplia o atendimento de atenção integral à mulher pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na prevenção e no tratamento dos cânceres do colo uterino, de mama e colorretal. O texto segue para sanção da Presidência da República. 

A proposta determina que a mamografia, a citopatologia e a colonoscopia sejam realizadas pelo SUS a todas as mulheres a partir da puberdade e não mais a partir dos 40 anos ou com o início da vida sexual. Até então, a legislação estabelecia que fossem feitas mamografias nas mulheres a partir dos 40 anos de idade. 

Para o relator, senador Marcelo Castro (MDB-PI), a proposta permitirá às mulheres o acesso à mamografia, à citopatologia e à colonoscopia em tempo hábil para prevenir o surgimento desse tipo de doenças. “A prevenção, o diagnóstico e o tratamento precoces dessas doenças ajudam a evitar ou minimizar os impactos devastadores que tais patologias podem causar na vida das mulheres e de suas famílias, ao mesmo tempo em que geram economia de recursos para o SUS, ao evitar tratamentos mais longos e complexos, além de mais inefetivos”, justificou o congressista. 

Castro defendeu ainda a inclusão do câncer colorretal no projeto, ao ser analisado pela Câmara dos Deputados. 

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), ele ocupa o segundo lugar em termos de incidência entre as mulheres. “Além de incluir a atenção ao câncer colorretal entre as ações previstas pela lei, o projeto emendado pela Câmara dos Deputados promove outras alterações relevantes, como a garantia de acesso à colonoscopia e a eliminação de referências etárias e ao início da atividade sexual como marcos a serem observados para fins de assegurar, respectivamente, o acesso aos exames mamográfico e citopatológico”, explicou o relator. 

O texto estabelece ainda o início da puberdade como o critério a ser considerado para fins de acesso aos exames diagnósticos dos cânceres de que trata a lei. 

Especialista adverte colonoscopia - O coloproctogista e chefe do serviço de Coloproctologia do Hospital Municipal Santa Isabel, Alberto Marinho, rechaçou a informação de que a incidência do câncer colorretal é maior nas mulheres e ainda adiantou que ficou estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), SUS e pelas Sociedades de Coloproctologia que a prevenção do câncer colorretal com a colonoscopia fosse diminuído da idade limite a partir dos 50, para os 45 anos com base em estudos científicos.

Marinho advertiu que além da colonoscopia ser um exame invasivo que precisa de preparação (limpeza) do cólon e de sedação anestésica, deve também ser considerado que o SUS não tem colonoscopia suficiente para realizar os exames solicitados para as várias doenças do cólon. “Tem paciente que espera até seis meses para realizar este exame”, disse.

O coloproctologista recomendou que seria melhor iniciar com um exame de rastreamento do câncer colorretal como já é solicitado de rotina pelos ginecologistas, a pesquisa de sangue oculto nas fezes. “Trata-se de um exame simples, sem risco e de baixo custo, que pode ser feito em qualquer idade. Se este exame for positivo, a paciente deve fazer uma colonoscopia”, orientou.

Alberto Marinho elencou os critérios para fazer colonoscopia antes dos 45 anos, como: hereditariedade, dor abdominal, pólipos familiares, doença inflamatória do intestino, perda de sangue durante o ato de defecar, perda de peso e anemia. “Estes critérios devem ser considerados em qualquer idade”, informou.

Com Agência Brasil 


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