Comissão da Saúde aprova uso do 1º remédio contra a covid pelo SUS



A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) aprovou nesta quarta-feira (30) a incorporação do primeiro medicamento para tratar a covid-19 no Brasil. Trata-se do Olumiant (baricitinibe). O medicamento é indicado para tratar pacientes adultos hospitalizados e que necessitam de oxigênio ou ventilação não invasiva. 

O órgão, que faz parte do Ministério da Saúde, já havia concedido parecer preliminar favorável para a incorporação, após realizar uma consulta pública. 

Em nota, a Conitec explica que "os pontos favoráveis à incorporação foram os desfechos positivos nos estudos mostrando redução da mortalidade em pacientes hospitalizados, avaliações econômicas e análises de impacto orçamentário". A aprovação leva em conta que o medicamento "é sustentável para o SUS e que não há outras opções de tratamento disponíveis". 

Aprovado em 15 países para uso em casos de covid, estima-se que 740 mil pacientes em todo o mundo tenham sido tratados com Olumiant. O remédio é de uso oral e já é usado em mais de 70 países, entre eles o Brasil, para tratamento da artrite e, mais recentemente, para dermatite atópica. Para estes casos, a distribuição no SUS começou em 2020. 

Aprovação da Anvisa - A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já havia aprovado, em setembro de 2021, o uso do medicamento para pacientes com covid-19 hospitalizados. Para isso, baseou-se em dois estudos clínicos. 

Nos testes, a droga demonstrou uma redução potencial de 38% da mortalidade. O estudo foi feito em EUA, Brasil, México, Argentina, Rússia, Índia, Reino Unido, Espanha, Itália, Alemanha, Japão e Coreia do Sul. 

No Brasil, 366 pacientes em 18 centros clínicos participaram do estudo em cinco estados. Segundo a empresa fabricante, a Eli Lill, o Olumiant se mostrou eficaz na redução de mortalidade em pacientes hospitalizados. A dose recomendada de Olumiant em pacientes adultos hospitalizados com covid-19 é de um comprimido de 4 mg uma vez ao dia, durante 14 dias ou até a alta hospitalar —o que ocorrer primeiro. 

Ainda não há data para que o medicamento seja utilizado no SUS, mas com a aprovação já se sabe que ele vai estar disponível de forma gratuita em hospitais públicos ou conveniados ao SUS.


Com Agência Brasil


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